Coluna do Gerson Nogueira – 20.11.13
20 de novembro de 2013 at 9:22 am Deixe um comentário
A mãe de todas as Copas
Não sem percalços, a França garantiu ontem passaporte para a Copa do Mundo de 2014, juntando-se aos demais campeões mundiais – levando em conta que o Uruguai goleou a Jordânia por 5 a 0 na primeira partida da repescagem e praticamente liquidou a fatura. Um gol de Benzema em flagrante impedimento ajudou os franceses a superarem a Ucrânia, em Paris.
A irregularidade vem se juntar a um histórico de benefícios que a França vem colecionando em falhas de arbitragem nas eliminatórias de Copas do Mundo. O erro não diminui o tamanho da façanha, pois a Ucrânia tem uma das melhores defesas da Europa e tinha a vantagem de 2 a 0.
Outra seleção tradicional, embora não campeã, a assegurar presença no mundial brasileiro é Portugal. Sob a liderança do craque Cristiano Ronaldo, o escrete luso derrotou a Suécia de Ibrahimovic em seu próprio campo, mostrando gana e futebol superior. Fez diferença, acima de tudo, a excepcional forma de CR, que parece decidido a fazer de 2013 o ano de sua consagração.
Marcou gols fundamentais no cruzamento com os suecos e pode afirmar, batendo no peito, que é sem contestações o astro da companhia. Não fosse por ele, Portugal provavelmente teria ficado pelo caminho.
A reunião de todos os campeões mundiais, que se confirmará na próxima semana com a classificação do Uruguai, faz da Copa de 2014 ainda mais especial. Será uma oportunidade única de exposição da nata do futebol mundial, por mérito atual e por tradição histórica.
Se há algo a lamentar é a ausência forçada de craques como o sueco Ibrahimovic, um dos mais completos atacantes do futebol moderno, admirado por onde passou e atualmente pontificando no Paris St. Germain. Ibra, por questão de geografia, provavelmente encerrará a brilhante carreira sem o prazer de comemorar um gol em Copa do Mundo. Acontece.
Entrosamento e intensidade
A grande notícia do amistoso com o Chile ontem, em Toronto, é que o Brasil de Neymar continua em ritmo de competição, como se a Copa das Confederações não tivesse terminado ainda. Nem tanto por vencer, mas pela maneira como venceu. O time enfrentou um adversário tecnicamente respeitável com disposição digna de jogo decisivo. Buscou o gol de maneira feroz, sem jamais recuar ou cozinhar o galo.
Velocidade, força e movimentação intensa, marcas da equipe sob a batuta de Felipão, voltaram a aparecer em doses que permitiram ao Brasil superar a excelente troca de passes da equipe chilena. Neymar, Maicon, Paulinho e Robinho, que entrou no segundo tempo, foram destaques, mas o que brilhou de fato foi o jogo coletivo.
O escrete está adquirindo uma força de conjunto que, em determinados momentos do jogo, passa a ideia de um grupo invencível. O maior temor que havia em relação a Felipão era o conhecido pendor para a cautela – ainda mais tendo o pragmático Parreira como auxiliar. Pode-se dizer que seu time afasta por completo essas preocupações.
A opção por jogadores jovens (David Luiz, Tiago Costa, Paulinho, Luiz Gustavo, Neymar, Hulk, Oscar) garante fôlego e rapidez ao time. Com a repetição dos jogos vem o entrosamento necessário. A seis meses da Copa, os prenúncios são os melhores possíveis, embora não seja recomendável abraçar o oba-oba tão ao gosto da pachecada.
O ponto negativo é ainda o setor de criação, onde Oscar ainda e não demonstra ser o organizador que o futebol moderno exige. Deveria ser o parceiro de Neymar nas articulações, mas acaba se limitando a ser mais um jogador a correr muito na faixa intermediária. Caso o nosso Paulo Henrique Ganso estivesse a fim de jogar a sério ainda poderia se candidatar a essa vaga.
Mudança de planos
Na escalação que anunciei aqui do provável Remo de 2014 começa a se consolidar uma alteração. Na linha de ataque. Nada a ver com a camisa 33.
Direto do Twitter
“A Seleção virou seguro-desemprego do Julio Chester”
De Fernando Molica, jornalista.
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