Coluna do Gerson Nogueira – 24.05.17
24 de maio de 2017 at 7:11 pm Deixe um comentário
Retorno para ser festejado
A volta de Leandro Carvalho é o principal trunfo do Papão para o confronto com o Inter, sábado, no Mangueirão. Desde que virou titular, Leandro tem sido peça decisiva no ataque alviceleste. Foi assim na Copa Verde e no Estadual. E, na Série B, nenhum dos novos contratados tem o mesmo potencial de explosão, dribles e chutes surpreendentes.
A importância de Leandro cresce ainda mais de envergadura com a anunciada ausência de Bergson (lesionado desde a final da Copa Verde). Sem o artilheiro, o técnico Marcelo Chamusca precisa dar ao ataque bicolor um mínimo de consistência e conjunto com o time.
É fato que, com Marcão e Wellington Jr. nas posições de frente, o time ainda não perdeu e se mantém no pelotão da frente na Série B. Ocorre que, mesmo com a movimentação que os dois tentam fazer, o ataque tem sido nulo. A não ser boa oportunidade contra o Paraná Clube, desperdiçada por Wellington, nada foi produzido pela linha ofensiva alviceleste até agora.
Esse detalhe não deve passar despercebido a Chamusca, que já se viu forçado a manter o discreto Alfredo no Parazão e na CV por absoluta falta de alternativas. Mesmo com o fraco rendimento de Alfredo, a dupla Bergson-Leandro Carvalho deu conta do recado e não permitiu que o Papão chegasse a sofrer por falta de gols.
A Série B, com seu profundo equilíbrio e imensas dificuldades, desafia a argúcia dos técnicos para solucionar problemas de elenco. A competição mais espinhosa do ano vai exigir de Chamusca análise rigorosa para descobrir os parceiros mais adaptáveis a Leandro no ataque. Contra o Inter, provavelmente, Marcão será o escolhido. A conferir.
Ramos pode voltar, mas será cobrado em dobro
Quando todos já aguardavam um desfecho nos tribunais, a novela Eduardo Ramos volta à baila de maneira até inesperada. Gestões do lado do atleta teriam levado a diretoria a passar uma borracha no passado recente e aceitá-lo de volta no Evandro Almeida.
A ação impetrada por Ramos na Justiça do Trabalho, cobrando mais de R$ 3 milhões em salários atrasados e acordo descumprido, é o principal obstáculo à celebração de um acordo. Até o técnico Josué Teixeira teria concedido o perdão, desde que o meia se desculpe publicamente e se comporte como um profissional.
Para o momento atual do Remo, com um time em busca de conjunto e peças que não se encaixaram no setor de criação, Ramos seria a chamada sopa no mel. De qualidades inquestionáveis, com ampla aceitação junto à torcida, ele só é contestado no âmbito disciplinar.
Até isso, porém, parece estar sendo relativizado diante das evidentes necessidades que a equipe tem no meio-campo. Do pouco que se viu de Mikael, Rony, Danilo Caçador e Kaio Wilker é possível concluir que dificilmente um deles será capaz de exercer a função de armador e condutor da transição.
Caso realmente sacramente o seu reingresso no time, Ramos terá o peso redobrado de cobranças e responsabilidades. Não poderá mais vacilar como antes em momentos cruciais para o time, pois até o torcedor – que hoje o apoia – não terá mais paciência para novos pecados.
Pratas da casa ganham destaque – lá fora
Betinho, Cicinho e Raul, todos revelados nas divisões de base do Remo, aparecem em destaque no noticiário deste começo de semana. Betinho trocou o Atlético-GO pelo Guarani. Cicinho é cobiçado pelo Corinthians. Raul foi apresentado como reforço do Braga para o certame português.
O curioso é que o Remo, como clube formador, só ganhou algum dinheiro com a transferência de Cicinho. Os demais deixaram o Baenão sob queixas da torcida e sem o devido reconhecimento.
Até um outro ex-azulino, também desacreditado por aqui, ganha espaço importante no novo São Paulo de Rogério Ceni. É Marcinho, que disputou a Série C 2016, tentou permanecer, mas não houve interesse em sua contratação. Não serviu para o Remo, mas serve para o S. Paulo.
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