Archive for dezembro, 2013

Coluna do Gerson Nogueira – 31.12.13

Destaque pela superação

Leitores da coluna, baluartes do blog, porteiros do prédio e ouvintes da Rádio Clube perguntam quais os destaques do esporte paraense em 2013. Em primeiríssimo lugar, fácil, acima de tudo e todos, Alan Fonteles. História de superação, talento e disciplina, resultando em conquistas que assombraram o mundo, quebrando recordes e fulminando dúvidas.
Melhor ainda, para nós, que Alan é um rapaz humilde, orgulhoso de suas raízes paraenses. Ele ultrapassou todas as barreiras no atletismo paraolímpico, ganhando admiração de todos e superando ex-campeões. Nas outras áreas do esporte, pouco a festejar.
No futebol, carro-chefe de todas as torcidas e paixões, o ponto alto veio de onde normalmente menos se espera. A garotada, tão negligenciada pelos grandes clubes da capital, mostrou seu valor. O Remo sub-20, sem que ninguém apostasse um real sequer, conquistou a Copa Norte e partiu para a Copa do Brasil.
A trajetória foi quase perfeita, suplantando times respeitadas na categoria, como Vitória e Flamengo. Garotos como Rodrigo, Guilherme, Nadson, Sílvio passaram a ter seus nomes discutidos e elogiados pelo torcedor azulino, como há muito tempo não ocorria em relação a jogadores do clube.
Com futebol de gente grande, sob a direção de Walter Lima, o Remo avançou até além do esperado, terminando por cair diante do Criciúma, diante de um público que lotou o Mangueirão e incentivou a equipe como se fosse decisão de campeonato de profissionais.
Além de revelar bons valores, o Leãozinho deixou um legado exemplar: a certeza de que o investimento nas divisões de base pode ser extremamente proveitoso e relativamente barato. Que a lição tenha fincado raízes.
No âmbito profissional, dois destaques relativos. Primeiro, o bicampeonato estadual do Paissandu, conquistado sem maior esforço em final disputada contra o emergente Paragominas. O trabalho de Lecheva, porém, teve méritos pela capacidade de montagem às pressas de um grupo esfacelado após a conquista do acesso à Série B.
E, na competição nacional, o brilho solitário viria de Pikachu, única estrela da companhia a não frustrar a torcida na triste campanha que levou ao rebaixamento. Além de seus préstimos como ocupante da lateral-direita, o jogador se revelou um emérito finalizador, tornando-se o artilheiro do time no campeonato.
Que esses modestos exemplos sejam multiplicados em 2014. O esporte paraense, que sempre empolgou multidões, precisa voltar a ser merecedor das ardentes paixões que desperta. Então, que venha o novo ano!

Schumacher e a corrida pela vida

O drama de Michael Schumacher, em coma desde domingo num hospital francês, depois de acidente sofrido enquanto esquiava na neve, reabre as discussões sobre os riscos a que se submetem grandes campeões. Não satisfeitos em pôr em perigo suas vidas a 300 km por hora nas pistas, dedicam-se nas horas de folga a aventuras radicais.
Vários outros ases dos esportes de velocidade já sucumbiram a acidentes com barcos de passeio, mergulhos malsucedidos e pistas não sinalizadas de esqui, como ocorreu agora com Schumacher.
A autoconfiança excessiva talvez esteja por trás dessas constantes demonstrações de coragem e imprudência por parte de verdadeiros super-homens do esporte. Schumacher desafiou os limites da velocidade ao longo de incomparável caminhada na Fórmula-1.
No ano passado, depois de ter se aposentado das pistas, voltou à F-1 com a disposição de um jovem iniciante. Como se precisasse provar a si mesmo que ainda era capaz de correr em alto nível. Não foi tão brilhante quanto antes e acompanhou a consagração de um jovem fã, Sebastian Vettel.
Independentemente das motivações, o mundo esportivo espera, de coração na mão, que o trágico acidente nas montanhas seja mais uma curva superada pela perícia e arrojo do grande campeão.

Direto do blog

“Na teoria, temos o melhor elenco do Parazão. Na prática, devemos ver se Charles conseguirá passar por cima da falta de respeito da diretoria em relação aos técnicos regionais. Precisamos vencer tudo, principalmente conquistar a série D e C na mesma temporada. Não temos espaço pra erros”.
De Rosivan Silva, torcedor azulino, cabreiro com a mania que a cartolagem tem de meter o bedelho nas escalações.

31 de dezembro de 2013 at 1:24 pm Deixe um comentário

BOLA PRA FRENTE – Cláudio Guimarães – 31.12.13

POSITIVO – Fisioterapeuta paraense Flávia de Souza Faria efetivada e

compondo o quadro de cinco profissionais dessa área na Confederação

Brasileira de Atletismo. Gato Guerreiro é só alegria com essa notícia!

NEGATIVO – Até ontem painel da contagem regressiva do Centenário do

Paysandu, na sede, estava travado em 45 dias sem nenhuma providência.

Lá e Cá

MMA é mais violento que o boxe? É esporte ou nuvem passageira? Temos

que lutar para reviver o boxe? São perguntas que inundam redes sociais.

Proposta do Goiás por Pikachu é irrecusável, tanto no valor do

empréstimo como salário. E o tal investidor chegará dia 1º para um

consenso. Mas, tem gente daqui com grana para manter o lateral.

Sem vencedor o desafio Bancrévea 2 (Evaldo Silva) x 2 Imprensa Show

(Caxiado). Antonio Carlos Neto e Edgar para os bancreveanos contra os

de Jorge Anderson. Bancrévea lançou garoto Petkovick e veterano Pedro

Holanda (70 anos).

Com a base é assim: dupla RE-PA vai de ônibus para Copa SP, metade da

despesa bancada pela SEEL, os dois sem médicos e Papãozinho levará

zagueiro Eliélton contundido. Bicolinho vai hoje e Leãozinho amanhã.

Mael mais uma vez dispensando o Remo. LOP garante que ele fica no

Santa Cruz, que pensa também no atacante Kiros, revelado no Porto-PE,

sem emplacar no Bragantino, Santa Cruz-PE, Paysandu e ICASA.

Mazolla Jr quer mais dois atacantes, o que faz crer descartar Marcelo

Nicácio, no Paysandu. Para facilitar vinda de Jr Xuxa, Héliton já se

apresentou ao ABC-RN.

Prometido Hino Nacional na língua indígena, dia 12.1, antes de Paysandu x

Gavião. Por que não também o Hino do Pará? Ainda sobre o Papão, Série

C de 2014 terá seis rodadas antes da Copa do Mundo.

Gramado do Alacidão, em Salinas, bem melhor para segunda fase da pré-

temporada do Remo, com alternativa do Alto Pindorama. Jogo do Leão

contra o São Francisco de Santarém antecipado de 23 para 22.1.

Face período de férias do titular deste espaço, a coluna só voltará dia 4.2.

HOMENAGEM – Jaime Cirilo Jr, o Tom, ex- goleiro do Sport Belém, do

aspirante ao profissional nos anos 90. É funcionário terceirizado da

empresa de energia elétrica que atende o Estado.

31 de dezembro de 2013 at 1:05 pm Deixe um comentário

Coluna do Gerson Nogueira – 30.12.13

Charles diante do tabuleiro

O Remo contratou tanto jogador credenciado que Charles Guerreiro se vê diante do que normalmente se chama de belo problema. Na verdade, só há beleza para quem está de fora, pois a responsabilidade aumenta na mesma proporção em que o elenco é reforçado.
A rigor, ninguém sabe ainda como será armado o novo Remo. Talvez nem o próprio Charles saiba, apesar de todo mundo saber que o time terá na temporada jogador sobrando em todas as posições. A fartura começa pelo gol, onde Fabiano terá Jader e Maicke Douglas como reservas imediatos.
Nas demais posições, o quebra-cabeça deve começar a ser montado a partir da curtíssima pré-temporada marcada para a primeira semana de janeiro, em Salinópolis. Ainda assim, com previsíveis dificuldades geradas pelo atraso na chegada de algumas peças importantes.
Com as jubas de molho desde a experiência fracassada com o técnico Flávio Araújo neste ano, a diretoria foi mais contida na quantidade de contratações, preferindo investir em nomes carimbados. Está trazendo Eduardo Ramos, Athos, Zé Soares, Max, Rogélio, Rodrigo Fernandes, Leandrão, Potiguar e – talvez – Mael.
São nomes que, em situação normal de temperatura e pressão, chegam para entrar no time. O problema de Charles será desenhar o meio-de-campo, tendo dois meias de qualidade, Ramos e Athos, que não marcam. André (ou Mael) e Jonathan devem ser alternativas naturais para o trabalho de proteção à defesa.
No Parazão, com adversários medianos, o Remo poderá utilizar um quadrado mais ofensivo, sem grandes preocupações com a marcação, mas na Copa Verde a história será outra. Rodadas eliminatórias exigem bons sistemas defensivos.
Pelas características dos jogadores contratados, o Remo deve estrear no Parazão contra o Cametá, dia 13 de janeiro, com Fabiano; Diogo Silva, Max, Rogélio e Alex Ruan; André, Jonathan, Athos e Eduardo Ramos; Leandrão e Zé Soares.
Potiguar e Rodrigo Fernandes também brigam por posição no time, com boas chances. Serão certamente utilizados e, em certos casos, podem entrar de cara. Com competições disputadas simultaneamente, todos terão chance, incluindo figuras que já estavam por aqui, como Val Barreto, Leandro Cearense, Ted, Ratinho, Rodrigo, Levy, Nadson e Guilherme.
Aí entra em cena a necessidade de uma eficiente gerência de vestiário para que os egos não se agitem, vindo a prejudicar o clube, como tantas vezes ocorre em futebol. Para evitar sobressaltos, além de contar com Charles, o Remo precisará de diretores capazes de administrar uma companhia cheia de estrelas, tarefa que exige vivência e manha.

Mazola e as lembranças de 2002

No Bola na Torre de ontem, o técnico Mazola Junior fez algumas revelações surpreendentes. Contou sobre sua presença nas arquibancadas do Mangueirão na vitória do Paissandu sobre o Palmeiras, válida pela Copa dos Campeões. Apesar de olheiro do Cruzeiro, admite que o calor da torcida o contagiou. O efeito foi tão impactante que admitiu a amigos a vontade de um dia trabalhar na Curuzu.
Em 2002, Mazola era auxiliar técnico de Marco Aurélio no Cruzeiro. Ajudava a tomar conta de um elenco literalmente estrelado, que tinha Cris, Maicon, Jussiê, Ricardinho, Joãozinho, Fábio Junior. A conversa com ele revelou algumas particularidades da decisão do torneio.
A derrota na final, em Fortaleza, foi esboçada desde a sexta-feira que antecedeu o jogo. Enquanto o Papão, mesmo depois de escapar por milagre de uma derrota mais larga em Belém, se mostrava confiante na reversão, o Cruzeiro se entregava aos prazeres traiçoeiros do favoritismo.
Uma delegação de conselheiros, cartolas e torcedores desembarcou no mesmo hotel do clube, gerando um clima de desassossego e euforia que acabou por contagiar o elenco também, apesar dos cuidados que a comissão técnica tomava.
Em campo, o time não rendeu o esperado e foi superado pela disposição e o arrojo do Paissandu. Falhas individuais graves (como a do jovem goleiro Jefferson, que vacilou em pelo menos dois gols) ajudaram a entornar o caldo cruzeirense. Nos penais, os batedores mais habilitados declinaram antes da cobrança. Mas, acima de tudo, Mazola reconhece que o Papão foi o time que fez por merecer a conquista, entregando-se à disputa com indômita coragem.

30 de dezembro de 2013 at 9:16 pm Deixe um comentário

Coluna do Gerson Nogueira – 25.12.13

Grandes não merecem presentes

O Papai Noel, que ainda chega às casas de muitos crédulos neste Natal, teria algumas missões indigestas em relação aos grandes clubes paraenses. Quase nenhum se comportou como mandam as regras de conduta do Bom Velhinho. Mais do que justo, portanto, que fiquem sem presentes na data do nascimento de Cristo.
Tomemos como ponto de partida o Paissandu, campeão paraense de 2013 e representante do Estado na Série B. Depois das facilidades encontradas no certame regional, entrou cercado de expectativas e com investimentos de vulto na competição nacional. A má campanha levou ao rebaixamento e frustrou o torcedor.
O clima de baixo astral que ronda a Curuzu desde o final da Série B acabou por ofuscar os preparativos para o ano importantíssimo que se aproxima. O centenário do clube foi seriamente afetado pela volta à Série C. Nem mesmo os evidentes progressos na gestão servem para aplacar a decepção da Fiel.
Do outro lado, o Remo levou nota vermelha durante toda a temporada, perdendo o título estadual e deixando escapar a vaga à Série D para o emergente Paragominas. De nada adiantou a farra de contratações para disputar o Parazão. O técnico Flávio Araújo teve uma legião de jogadores à disposição, mas o desfecho foi pífio.
Mais constrangedora foi a aloprada tentativa de obter a vaga nos bastidores, com estímulo a clubes de Rondônia e Roraima para desistirem em favor do Remo. Em meio a trapalhadas de toda ordem, o clube foi ao fundo do poço, sujeitando-se a receber críticas e insultos de cartolas sem pedigree.
Como consolo, a mudança no comando administrativo trouxe novo alento e gestos de ousadia, que ajudaram a reduzir o tamanho do prejuízo. As obras de revitalização do estádio Evandro Almeida e a campanha de marketing em torno da Camisa 33 restituíram o orgulho perdido. Apesar disso, o Leão também fecha o ano sem direito à recompensa natalina.
Nem mesmo a Tuna, cujas últimas temporadas não inspiraram muito entusiasmo, consegue escapar à estiagem neste Natal. O time fez campanha horrorosa na seletiva e despencou para a segunda divisão, ficando ausente do Campeonato Estadual.
O Bom Velhinho, por maior que seja sua generosidade, não pode atropelar as regras e meninos mal comportados não se habilitam a receber presentes.

Mais respeito com os boleiros!

Alguém resolveu botar ordem na avacalhação que reina no futebol local. Lá no Ceará. O campeonato estadual acaba de ser suspenso pela Justiça, depois que a federação cometeu o absurdo de encaixar 32 jogos em 19 rodadas, com a incrível previsão de quatro jogos em oito dias! Um verdadeiro estrupício.
O Natal que as pessoas de boa vontade esperam parece não contemplar os jogadores de futebol dos times cearenses, completamente ignorados em seus direitos pelas autoridades da FCF e de seus próprios clubes, que aceitaram a fórmula assassina proposta pela entidade.
Diante do descalabro cearense, cabe lançar os olhos para a cena paraense, que não é menos lesiva aos clubes. O Paissandu, por exemplo, terá que disputar um jogo pela Copa do Brasil na quarta-feira, vem a Belém para cumprir rodada do Parazão na sexta-feira e pode ter que entrar em campo domingo pela semifinal da Copa Verde.
O lado terrível da história é que o próprio presidente Vandick Lima admite que o clube foi prejudicado na tabela do Campeonato Paraense. O detalhe é que a tal tabela foi aprovada pelo Paissandu no conselho técnico que definiu a forma de disputa do Parazão.
Vá entender…

Papão investe na experiência

O zagueiro Leandro Silva, de 34 anos, foi o reforço natalino anunciado pelo Paissandu, ontem. Jogou algumas partidas como titular do Avaí na Série B deste ano e deve ser o homem de referência da zaga no time que o técnico Mazola Junior vai montar para o Parazão, Copa Verde e Copa do Brasil. Charles, do Fortaleza, já está contratado e o clube busca fechar também com Aílson, do Sport-PE, que também tem 34 anos e disputou boa parte da Série B.
Como a defesa é um setor onde a experiência dos jogadores é um item valorizado, as escolhas não podem ser contestadas. Principalmente porque trazem o aval de Mazola.

25 de dezembro de 2013 at 2:29 pm Deixe um comentário

Bola pra frente – Claudio Guimarães – 25.12.13

POSITIVO – Blindex (alambrado) colocado, novas cadeiras pintadinhas de bonito azul, traves fixadas até sexta e gramado Esmeralda precisando apenas do rolo. É o novo Baenão. E vem mais!

NEGATIVO – Final no intermunicipal, domingo, no Mangueirão, com a conquista de Garrafão, novamente começou sem policiamento e muitos nem viram depois. Parece picuinha da PM com o coronel Nunes!

Lá e Cá

Pirão se mostrando agastado com os ”contra” dentro do Remo e fala em ficar apenas até dezembro de 2014. Se reconquistar os títulos sonhados e concluir o Baenão será “obrigado” pelos verdadeiros remistas a continuar.

Jonathan é volante moderno, marca e sai para o jogo. Como Eduardo Ramos e Atos, futuros titulares da armação não combatem, Jonathan corre o risco de perder a vaga para alguém mais “brucutu”. É duro!

Rodrigo Fernandes vem deixando Alex Juan mais tranquilo no Remo com seu bom desempenho na meia em dois amistosos. Rogélio, Max, Eduardo Ramos, Athos, Mael, Potiguar e Leandro chegando para entrar no time.

RE x PA em dois jogos nas finais do masculino Sub 17 de Futsal, na ESEF, 18 h. Na quinta mando do Leão e, sexta, do Papão; no profissional, Remo, PSC e PFC vão ter de jogar quarta, sexta e domingo face calendário cheio.

Mazolla Jr chegará dia 26.12 com auxiliar João Brigatti (foi goleiro do Remo) e preparador físico Roni Silva (trabalhou no Papão em 2005).Contratação do zagueiro Leandro Silva (34) ultrapassou limite de 30 anos.

Boa ideia essa de Remo e Paysandu ajudarem a Prefeitura de Salinópolis a melhorar e ampliar estádio Alacidão para Série C e D (se o Leão chegar lá), pois estão punidos. É bom não descartar o Diogão de Bragança.

Paysandu encerrará temporada com elenco, CT e demais funcionários totalmente pagos. Palavra do presidente Vandick Lima. E olha que todo dia 5 tem obrigação de depositar 120 mil na JT!

Marcelo Nicácio com medo da torcida bicolor procura clube. Diretoria e Avalanche torcem para que ele encontre logo empregador; 1º RE x PA com ingressos a 40 e 80 reais face muitas atrações e só 35 mil lugares.

Estádios de Bragança, Mãe do Rio e Ipixuna do Pará alternativos do Estadual 2014; lateral esquerdo Rayro reforço do Paragominas no Parazão, Copa Verde e CB, com aval do técnico Cacaio. Boa contratação!

HOMENAGEM – Natalino Souza Santos, o Pepe, ex- lateral esquerdo da Tuna desde o infantil, juvenil e principal nos anos 80. Jogou na Seleção da Cidade Velha. É microempresário do ramo de comunicação visual.

25 de dezembro de 2013 at 2:26 pm Deixe um comentário

Coluna do Gerson Nogueira – 23.12.13

A força do abismo econômico

Duas opiniões antagônicas, mas que se complementam, ajudam a desnudar – por especialistas no assunto – o abismo entre times europeus e brasileirs. A eliminação do Atlético-GO na semifinal do Mundial de Clubes para o representante marroquino não invalida a comparação com o campeão Bayern de Munique. Pelo tropeço do Galo diante do azarão Raja Casablanca é possível presumir o que aconteceria na finalíssima diante dos alemães.
Depois da vitória do Bayern, no sábado, em Marrakesh, Carlos Alberto Parreira e Zagallo se manifestaram, aparentemente com visões diferentes sobre o mesmo tema, mas no fundo dizendo a mesma coisa. Parreira entende que o futebol brasileiro deve ser observado do ponto de vista da seleção, e não dos clubes.
Para ele, qualquer comparação entre clubes é desigual, pois o poderio econômico dos europeus é avassalador, principalmente quando se fala dos principais times de Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália.
O aposentado Zagallo afirma que os clubes brasileiros não têm a menor condição de enfrentar hoje os grandes europeus. Refere-se aos fracassos de Internacional, Santos e Atlético-MG nos últimos mundiais de clubes. Não leva em conta o triunfo corintiano em 2012 por ter sido quase uma zebra, considerando o caminhão de chances que Fernando Torres perdeu naquele confronto e a meia dúzia de gols que o goleiro Cássio evitou.
Na prática, ambos apontam na mesma direção. O Brasil consegue competir com a Europa quando joga contra seleções, mas nem ao menos equilibra quando a história envolve times. E isto começou a partir dos anos 80, quando o êxodo de talentos se intensificou. A exportação em massa de jogadores golpeou fundo nossos clubes, embora não tenha afetado tanto a Seleção.
Remédio, a curto prazo, não existe. Mais do que uma questão futebolística, trata-se de um problema de ordem econômica. Nossos clubes só terão chances contra os gigantes europeus quando tiverem bala na agulha – e organização gerencial – para formar elencos de primeira linha. E isto não é coisa para esta geração, talvez nem para a próxima.

E o handebol sai do limbo

Esporte dos mais praticados entre nós, o handebol sempre foi uma modalidade segregada, esquecida até. Vista como desimportante pelas autoridades do esporte nacional, somente nos últimos anos emergiu em torneios internacionais. Os resultados ensejaram um investimento maior na preparação, com boa presença no mundial realizado no Brasil (5º lugar) e nas Olimpíadas de 2012. A importação de Morten Soubak, técnico dinamarquês, foi o passo decisivo para tirar o handebol da fila.
Ontem, coroando campanha inédita (oito vitórias em oito jogos), a seleção feminina levantou o título mundial. Algo tão grandioso que causou espanto até no Brasil. Contra a anfitriã Sérvia, o time se superou em técnica e bravura. Em confronto dramático, diante de 20 mil torcedores, as brasileiras marcaram 22 a 20.
A façanha insere o handebol no seleto panteão das seleções brasileiras campeãs do mundo. Antes, somente futebol, basquete e vôlei eram modalidades coletivas vitoriosas mundialmente. O time brazuca é também o primeiro não-europeu, desde 1995 (quando a Coréia do Sul venceu) a levantar o título.
É importante considerar que Alexandra Nascimento e suas companheiras alcançaram um patamar que coloca o Brasil como favorito a uma também inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016, no Rio.

23 de dezembro de 2013 at 11:26 am Deixe um comentário

A Bola no Bola – Giuseppe Tommaso – 22.12.13

BOLA NA TORRE

Deste Domingão logo após o “Pânico na Band”, na RBATV – Canal 13. As novidades do Paysandu para a próxima temporada e o Amistoso do Remo em Salinas encerrando a Pré-Temporada no Sal. Guerreirão no comando ao lado de Valmir Rodrigues e Gerson Nogueira e nosso convidado será o Presidente do Paysandu Vandik Lim. Partícipe pelo Twitter @bolanatorre

DECISÃO
Mais uma vez uma manha festiva para a Decisão do Campeonato de Futebol da Asfepa. Em campo um repeteco dos últimos anos entre UDI( Altino Sampaio ) x Real ( Antonio Catete ). Com a Bola rolando deu Real Bi-Campeão. Depois, churrasco, musica e muita animação. A Rádio Clube mais uma vez marcou presença, desta vez com Carlos gaia e Mauro Borges.

MUDANÇA
Simples e objetiva no Trio de Conselheiros no Departamento de Futebol do Remo, com a saída de Raphael Levy e a inclusão de Francisco Rosas. Só falta o Thiago Passos para com esse negócio de ciumeira. Com certeza o Remo unido será muito mais forte. Presidente Zeca Pirão com o dedo no suspiro…E mudanças no Departamento de Futebol azulino ainda podem acontecer. Esperar pra conferir…

CICLISMO

Neste domingo a Federação Paraense de Ciclismo fará o último evento da modalidade na temporada 2013: A “Prova André Medeiros”, em homenagem ao ciclista André Medeiros, de Paragominas, que faleceu no dia 30 de setembro deste ano, após acidente em uma competição. O evento acontece a partir de 8h, no anel viário do Estádio Mangueirão. O ciclismo paraense teve como maior destaque no ano 2013 a ciclista Tássya Brasil, que foi campeã estadual na categoria Elite e terceiro lugar no Ranking Nacional da Confederação Brasileira de Ciclismo.

FELIZ NATAL !!!

22 de dezembro de 2013 at 11:20 am Deixe um comentário

Coluna do Gerson Nogueira – 19.12.13

O esporte mais democrático

Sempre que um desastre futebolístico acontece, busca-se todo tipo de explicação. Até razões sobrenaturais são levantadas. Ocorre que a bola tem caprichos que nem sempre encontram justificativa lógica. Times superiores tecnicamente podem ser derrotados por equipes mais modestas, operárias e determinadas. Isso normalmente se dá quando há a coincidência fatal: o time mais modesto faz seu melhor jogo e o favorito tem um dia ruim.
Acima de tudo, o que o Raja Casablanca usou ontem contra o Atlético-MG foi o que os manuais do futebol chamam de superação. Defesa fechada a cadeado, rápido nas idas e vindas ao ataque e com aplicação absoluta nos contra-ataques. Os dois gols surgiram em lances de aproveitamento de espaços na defesa atleticana.
O fato de haver optado pelos contragolpes dá bem a medida do respeito que o Raja tinha pelo Atlético. E venceu justamente por ter sido mais humilde e consciente de suas limitações. Se fosse enfrentar o Galo de igual para igual, em ritmo cadenciado, provavelmente o representante marroquino seria facilmente envolvido.
Desde os primeiros movimentos, ao contrário, o Raja mostrou que não iria se expor. Preferia esperar. E fez isso com disciplina e método. Tudo se desenrolou como o planejado. O Atlético, como aspirante ao título, não fez cerimônia e partiu com tudo para o ataque, mas de maneira desorganizada.
Aos poucos, o esquema do Raja foi se mostrando mais eficiente, explorando os corredores abertos nos dois lados e a indecisão dos volantes Pierre e Josué. No final do primeiro tempo, Karrouchy entrou pela esquerda e passou para Moutaouali que, de primeira, disparou e Victor defendeu brilhantemente. O mesmo Moutaouali quase marcou logo em seguida, errando o disparo final.
Foi o ensaio para o que iria acontecer no segundo tempo. Sem aproximação entre os setores, lentidão excessiva de Ronaldinho Gaúcho no meio e laterais inexistentes, o Atlético vivia exclusivamente das arrancadas de Fernandinho, logo bloqueado pela marcação. Tardelli e Jô não davam as caras no ataque.
O gol de Moutaouali aos 5 minutos fez lembrar a histórica tragédia colorada diante do Mazembe. A boa atuação do Raja era premiada e ainda surgiram duas chances preciosas para ampliar, mas a afobação empolgada dos marroquinos salvou o Galo.
O sumiço de Ronaldinho em campo só acabou quando surgiu uma falta à entrada da área. Como se pusesse a bola com a mão, o meia bateu e empatou. Era a senha para que o sonho atleticano renascesse. Com 30 minutos por jogar, bastaria ao Atlético pôr a bola no chão e botar o Raja na roda. Fácil, diriam os pachecos de plantão.
Ledo engano. Quem se mostrou mais concentrado foi o Raja, que não sentiu o gol e continuou a jogar da mesmíssima maneira. Esperando e roubando bolas para sair em contra-ataque, contando com a desarrumação defensiva dos mineiros. O segundo gol começou a nascer assim, em velocidade, e culminou com um penal à brasileira, facilitado pela imprudência do zagueirão Rever. Mabide ainda faria o terceiro. De contra-ataque, a jogada mais óbvia do futebol, que o Galo esqueceu de marcar.
É preciso reconhecer: foi um primor de planejamento, executado com precisão e eficiência. E, ao contrário do Mazembe contra o Inter, o Raja foi bem mais que uma zebra. Teve organização e confiança. Isso, às vezes, basta para vencer.

Sonho ou ideia fixa?

Diretoria do Papão informa que o meia Júnior Xuxa, velho sonho de consumo dos bicolores, está quase certo para a temporada 2014. Confessor que até hoje não entendi tamanha insistência.
Xuxa mostrou qualidades na Série C há uns cinco anos. Desde então, não soube de nada relevante em sua carreira. Enfim, sonhos devem ser realizados e o Papão deve saber o que faz.

Brincando com coisa séria

O Botafogo mostra suas armas para disputar a Libertadores, depois de 18 anos. Primeira providência da genial diretoria: promover a técnico dos profissionais o treinador das divisões de base. É por isso que eu costumo dizer, parafraseando o grande Tom Jobim, que o Botafogo não é para amadores e sim para profissionais.
Chega de gente que brinca com futebol, que pode (e deve) ser divertido, mas tem que ser levado a sério.

19 de dezembro de 2013 at 2:16 pm Deixe um comentário

BOLA PRA FRENTE – Cláudio Guimarães – 19.12.13

POSITIVO – Nova diretoria da Tuna contará com a experiência e capacidade do Dr. Roberto Macedo (Maymone) como diretor do Departamento Médico. Ótimo!

NEGATIVO – Turma do Senadinho do Remo reclamando do abandono da sede: sanitários sem uso, cadeiras eles levam de casa, compram as bebidas fora, galeria dos troféus está coberta de pano e cheia de poeira.

Lá e Cá

CNJ determinou criação, em 30 dias, de Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos nas cidades de intensa movimentação esportiva.

Grupo campeão de futsal pelo Sub 13 do Remo (4×2 no PSC): Hugo, Jordy, Caíque, Pojucan (capitão), Vinícius Zanello (artilheiro), Lukas, Jorge, Thisgo, Renan, Fernando, Neto e Pedro Mathias.

Paysandu campeão de basquetebol masculino Sub 14 com “centenário” na AP (105×56). Hoje, Sub 17 de futsal masculino do Papão tentará vaga na final contra o Remo ao enfrentar a ESMAC, no NEL.

Paysandu fechou com meia Jr Xuxa e Wellington Bruno foi para o Botafogo-SP. Vêm aí mais dois zagueiros, lateral esquerdo, meia e atacante. Depois outro goleiro.

Diretoria bicolor esclarecendo que vem quitando salários atrasados de jogadores e funcionários e que até o Natal tudo estará pago. Ótimo!

Remo x Cametá, dia 13.1, estreia do Leão no Parazão será no Mangueirão. Reabertura do Baenão programado na partida diante do Santa Cruz, dia 19.1. Leandrão só chegará dia 2.1.

Pará foi o primeiro Estado a ter um time de futebol de anões (Gigantes do Norte) e se torna também precursor de time profissional de futebol de índios (Gavião). E na 1ª divisão do nosso campeonato.

Paraná contratou outro artilheiro do Águia: Danilo Galvão; Copa Brasil no Feminino terá o campeão paraense (certame em andamento) diante do Santana-AP e o vice pegará o Jaó-GO.

Morreu Ribamar Chaminé, ex- ponta esquerda do Paroquial de Bragança e que trabalhou comigo na Rádio Educadora. Descanse em paz!

Acadêmica campeã de másteres do Grêmio Português (3×2 no Sporting). Sábado no futebol pelada: Racing CN x Comercial x CN, Vida Loka CN x Atlético-CN.

HOMENAGEM – Paula Francieny da Conceição Braga, a Franci, ex- meio de rede do voleibol do Paysandu, Remo, AP e Seleção Paraense (1994-2003). Foi pré-convocada para Seleção Brasileira Infantil. É secretária da Comissão Disciplinar de Futebol da Assembleia Paraense.

19 de dezembro de 2013 at 2:03 pm Deixe um comentário

Coluna do Gerson Nogueira – 17.12.13

A Justiça dos mais fortes

Nenhuma surpresa. Estava escrito, há mais de mil anos, que o Fluminense não iria cair mesmo. Questão de determinismo jurídico. Os debates que dominaram as redes sociais, esquinas e botecos nos últimos dias, indicam que o regulamento devia prever a garantia de que o centenário Tricolor carioca não pode ser rebaixado. Até para poupar o tempo e prevenir transtornos. Das quatro quedas que sofreu em pouco mais de uma década, o Flu subiu normalmente somente uma vez. Nas demais, de alguma maneira, foi amparado por instrumentos legais ou simples virada de mesa.

A possibilidade de um resultado favorável à Lusa no STJD era algo tão inimaginável que somente os mais ingênuos acreditavam em salvação. Na discussão sobre o caso, muitos preferem não questionar o estabelecido “na letra fria da lei”, que prevê perda de pontos para quem escalar jogador irregular. Pois entendo que é justamente a letra fria que deve ser revista.

Que tal lançar mão dos critérios já vigentes nos campeonatos europeus, que aplicam a punição apenas no ano seguinte? É mais simples e evita o favorecimento de clubes politicamente mais fortes, cujos interesses são óbvios no julgamento, como ocorreu ontem no STJD.

Todo mundo – os auditores também – sabia que a queda da Lusa ajudaria o Fluminense. Caso já se utilizasse aqui o sistema europeu, a Lusa entraria no campeonato de 2014 com quatro pontos a menos, mas não se saberia a quem esse castigo poderia beneficiar.

O futebol brasileiro já acumulou experiência suficiente para encarar situações controversas com julgamentos mais técnicos e menos sujeitos ao peso da paixão. A história mostra que, na imensa maioria dos casos, prevalece a intenção deliberada de ajudar um grande clube. Caso o atleta irregular fosse do Fluminense, os quatro pontos seriam suprimidos?

A dúvida é justificada, pois a elite sempre se saiu melhor nessas pelejas. Foi assim com o Corinthians, em 2005, quando 11 jogos do Brasileiro daquele ano foram anulados depois de descoberto o esquema de manipulação pelo árbitro Edilson Pereira de Carvalho. Coincidência ou não, o clube paulista teve dois de seus jogos repetidos e conquistou quatro pontos, quinhão suficiente para terminar a competição à frente do Inter.

O próprio Fluminense se beneficiou de incrível operação de salvamento, em 2000, quando iria disputar a Série B e foi alçado à Primeira Divisão com a criação da Copa João Havelange. O cinismo da manobra não deixou escapar sequer o fato de que Havelange é um ex-dirigente e benemérito do clube das Laranjeiras.

Antes disso, o Brasileiro sofreu interferência do tapetão no caso Sandro Hiroshi, na época atleta do São Paulo. A punição salvou o pescoço do Botafogo. Se há clara tendência de proteção aos grandes, decisões do tribunal costumam ser implacáveis com clubes medianos, como São Caetano, Paissandu, América-MG, Rio Branco-AC e, agora, a Portuguesa.

Ao cabo de nova refrega no tapetão, fica aquele sentimento amargo de que a lei foi cumprida, mas não se fez Justiça. Sempre que os tribunais modificam resultados de campo, o futebol perde credibilidade e respeito. Por isso, a sentença é ruim para todos.

Pergunta inconveniente

Para dar tintas de coerência ao julgamento, o Flamengo também foi sentenciado com a perda de quatro pontos por ter escalado um jogador (André Santos) que havia sido suspenso. Uma dúvida: se houvesse risco de queda, a sentença teria sido a mesma? Aliás, a própria condenação da Lusa teria acontecido?

Direto do blog:

“Grande baluarte, obrigado pelas suas colocações ontem (domingo) no Mangueirão, na apresentação do Camisa 33, pois as palavras de Agnaldo, reforçadas pelas suas, motivaram aquelas palmas já na saída do jogador para os vestiários. Por alguns momentos, esquecemos que Zeca Pirão é político e acreditamos que o 33 seria um jogador diferenciado – não que Eduardo Ramos não seja. Pelo que os dirigentes falavam, através da Rádio Clube, principalmente no programa Cartaz Esportivo, onde por diversas vezes ouvi o Guilherme Guerreiro falar com Zeca Pirão e Henrique Custodio, a torcida ia ficar maravilhada pela escolha e que Ramos poderia até ser contratado, mas não seria o 33. Fosse apenas para imortalizar o tabu, por que não contratar um jogador apenas para pôr nome na camisa e descer do helicóptero (Rivaldo, Cafu, Raí, Djalminha etc.)? Vou comprar minha camisa, mas não com número 33, e rezo para que o time que estão montando seja vitorioso”.

Raimundo Nelson Pinheiro Serrão, azulino ainda desapontado com o desfecho da campanha da Camisa 33.

17 de dezembro de 2013 at 1:39 pm Deixe um comentário

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